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Ferrugem asiática chega mais cedo nas lavouras brasileiras

A ferrugem-asiática é uma das doenças que mais ameaçam a produtividade da soja, podendo causar perdas de até 90% quando não controlada.

Os sintomas surgem na face abaxial (parte inferior) da folha com pequenas pontuações esverdeadas a cinza-esverdeadas de aproximadamente 1 mm. Posteriormente, as pontuações crescem (entre 2 a 5 mm) e as saliências se abrem formando uma massa pulverulenta de cor alaranjada ou acastanhada, característica marcante da doença. Na face adaxial (parte superior), ocorre o aparecimento de pequenas pontuações mais escuras. 

Com a evolução da doença, o tecido ao redor da lesão adquire coloração castanho-escuro, formando lesões visíveis em ambas as faces da folha, levando ao rápido amarelecimento e queda prematura das folhas, comprometendo a formação do grão afetando a produtividade.

Quais as condições favoráveis para a ferrugem na soja?

As condições favoráveis para o desenvolvimento da doença incluem a presença de água livre na superfície foliar, por pelo menos seis horas, e temperaturas entre 15 a 25 °C. 

Em virtude do El Niño, que propiciou um inverno mais ameno este ano (2023), sem ocorrência de geadas fortes, a soja guaxa (plantas que nascem espontaneamente) teve seu desenvolvimento beneficiado, principalmente em regiões onde o vazio sanitário da soja não foi realizado com rigor, o que garantiu a sobrevivência da doença em plantas espontâneas.

Para algumas regiões do país, o Consórcio Antiferrugem já registrou focos da doença em soja em Formoso do Araguaia e Lagoa da Cunfusão no Tocantins e em soja guaxa, em municípios de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Ocorrência da ferrugem asiática em soja e soja voluntária. Fonte: Consórcio Antiferrugem.


É preciso atenção redobrada durante essa safra que inicia, dadas as condições climáticas que podem propiciar um ambiente favorável para o estabelecimento da doença nas lavouras.

Epidemias da doença são favorecidas por chuvas bem distribuídas ao longo da safra. Dessa forma, a influência do El Niño para a safra 2023/24 tende a intensificar a ocorrência de chuvas na região sul do país, condição na qual pode potencializar a ocorrência da ferrugem-asiática da soja durante essa safra.

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Fique atento e controle a ferrugem-asiática!

O monitoramento da ferrugem-asiática e a sua identificação nos estádios iniciais são essenciais para o controle eficiente da doença. Deve ser realizado da forma mais abrangente possível, com maior atenção para as primeiras semeaduras e nas lavouras em locais com maior acúmulo de umidade.

Práticas preventivas são extremamente importantes e não devem ser ignoradas, devendo ser aplicadas em conjunto com a utilização de fungicidas.

Os principais manejos que devem ser adotados no controle da ferrugem são:

  1. Eliminação de plantas espontâneas de soja na entressafra
  2. Adoção do vazio sanitário;
  3. Utilização de cultivares resistentes;
  4. Escolher cultivares de ciclo precoce e semear no início da época recomendada; 
  5. Aplicação preventiva de fungicidas.

Evitar que o patógeno acometa a cultura é a forma mais eficaz para garantir uma boa produtividade, mas nem sempre isso é possível.

Existem muitos parâmetros a serem considerados, e por isso, para maior assertividade na tomada de decisão, você pode contar com a DigiFarmz, uma plataforma que auxilia no manejo e prevenção da ferrugem-asiática da soja, assim como também de outras doenças da cultura, orientando nas decisões quanto ao que utilizar, quando e quanto aplicar, aumentando a produtividade e a rentabilidade da lavoura.

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