Tripes são pequenos insetos que causam danos principalmente na cultura da soja, ao apresentar aparelho bucal raspador-sugador e causar danos nas folhas pela raspagem e posterior extravasamento do líquido celular.
Anos secos e períodos de estiagem demandam maior atenção com o manejo dessa praga secundária da soja, que causa significativas perdas de produtividade.
Quando atacadas, as folhas apresentam um dano de aspecto prateado, que pode acarretar danos secundários, como a transmissão de doenças, em especial do vírus que causa a doença “queima-do-broto”, Tobacco streak virus – TSV.
Na queima, o broto apical fica curvado, necrosado e facilmente quebrável, escurecendo a medula da haste principal.
Após a morte do broto apical, as plantas produzem excessiva brotação axilar, com folhas afiladas e de tamanho reduzido.
O crescimento é paralisado, conferindo aspecto de planta anã e as sementes podem apresentar manchas associadas à ruptura do tegumento, que fica com menos brilho.
Características de tripes na soja
As principais características dessas pragas são o rápido ciclo de desenvolvimento, com média de aproximadamente 15 dias, o que contribui para a elevada proliferação da praga.
Dentre as principais espécies de interesse econômico na cultura da soja, destacam-se: a Caliothrips braziliensis e Frankliniella schultzei e, no caso de F. schultzei, os adultos se reproduzem por partenogênese e cada fêmea coloca em média 75 ovos.
Quanto maior a densidade populacional da praga, maiores os danos em soja, por isso, em infestações com populações de 73 tripes/folíolo no estrato superior, em R5, é possível observar perdas de até 45% da fotossíntese, 36 % da atividade estomática e 30 % da taxa de transpiração.
Como fazer o controle de tripes na soja?
Para um controle eficiente dos tripes, é necessário relacionar o ajuste da data de semeadura para períodos com menor incidência da praga, para erradicar plantas com sintomas o controle químico é o método mais utilizado em lavouras comerciais.
Quanto ao controle químico, inseticidas com ação translaminar devem ser aplicados na superfície superior das folhas, pois têm capacidade de se translocar onde ninfas e adultos têm o hábito de se concentrar, sobretudo, no terço inferior da planta.