O mofo-branco, também chamado de podridão-branca-da-haste, é uma doença causada pelo fungo Sclerotinia scletotiorum, que acomete mais de 400 espécies de plantas, dentre elas a soja, o feijão, girassol e o algodão.
Este patógeno vem aumentando sua área de incidência nos últimos anos, tornando-se uma das principais doenças da soja no Brasil.
A redução de produtividade do mofo branco pode chegar a 70% em áreas altamente infestadas, quando as condições ambientais forem favoráveis ao desenvolvimento da doença e as medidas de controle não forem adotadas a tempo.
As perdas de rendimento são causadas pela redução da quantidade e do peso dos grãos, resultante do apodrecimento dos tecidos da planta, principalmente da haste principal e órgãos reprodutivos.
Por isso, quanto melhor dor o seu controle biológico do mofo-branco da soja, melhor será para a sua lavoura.
Impacto do mofo-branco na produtividade da soja
O mofo-branco da soja é uma doença de difícil manejo, considerando-se a ausência de resistência genética em cultivares comerciais.
A ampla gama de hospedeiros alternativos e a capacidade de produzir abundante quantidade de escleródios, suas estruturas de sobrevivência no solo, permitem a manutenção de inóculo primário de uma safra para a outra.
Desta forma, a integração de medidas de controle é primordial para o sucesso do manejo do mofo-branco em áreas infestadas, devendo-se adotar medidas de controle cultural, químico e biológico.
Controle biológico do mofo-branco da soja
O controle biológico do mofo-branco da soja vem sendo utilizado atualmente como forma complementar no manejo fitossanitário, o qual pode ser feito através de bactérias e fungos. Esses agentes podem atuar de diferentes formas no biocontrole do patógeno, tais como antibiose, micoparasitismo e competição.
No Brasil os produtos comerciais com alvo biológico para Sclerotinia scletotiorum estão restritos ao gênero Bacillus e ao gênero Trichoderma. Formulações de biofungicidas contendo dois ou mais gêneros ou espécies de antagonistas foram registradas recentemente no Brasil.
Tais associações, desde que sejam compatíveis, ampliam o espectro de ação dos agentes de controle biológico, haja visto que podem combinar diferentes mecanismos de ação e promover um controle mais efetivo dos escleródios.
O principal mecanismo de ação de Trichoderma spp. no controle de Sclerotinia scletotiorum é o micoparasitismo, degradando a parede celular das estruturas do patógeno.
Já os mecanismos de ação de Bacillus spp. no controle de Sclerotinia scletotiorum não são muito bem conhecidos, mas um de seus principais efeitos é a inibição da germinação carpogênica e do crescimento micelial do patógeno.
Este gênero de bactérias produz uma gama de compostos antifúngicos e antibacterianos que suprimem o desenvolvimento de vários fitopatógenos.
Todo cuidados é pouco, por isso preparamos um e-book completo sobre controle biológico do mofo-branco da soja e outros aspectos da doença.
Manejo do mofo-branco da soja
O manejo biológico do mofo-branco da soja tem como principal objetivo atingir os escleródios do patógeno através da infestação do solo com os agentes de controle biológico, diminuindo assim, a fonte de inóculo no campo.
A aplicação dos produtos deve ser realizada antes da germinação dos escleródios, ou seja, quando os escleródios se encontram em repouso no solo.
Considerando-se o sistema de produção de soja prevalente nas áreas de incidência de mofo-branco, o período de aplicação dos produtos biológicos para controle dos escleródios compreende a pós-colheita da soja até o final do período vegetativo da cultura na safra seguinte.
Para a eficiência do controle biológico, condições ambientais de alta umidade no solo, temperatura do ar entre 15 °C a 25 °C e pouca incidência de luz solar são necessárias.
Nesse sentido, a presença de cobertura de solo com palhada é condicionante ao estabelecimento dos agentes biológicos de controle. Busque a melhor solução para o manejo do mofo-btanco na soja com a DigiFarmz. Preencha o formulário e converse com a nossa equipe!
