O controle de plantas daninhas têm como objetivo mitigar e evitar os prejuízos causados por sua disseminação no ambiente.
As plantas daninhas competem com outras plantas por espaço, nutrientes e água, o que dificulta o desenvolvimento da espécie que se pretende cultivar.
Para realizar um controle correto das espécies invasoras é preciso identificar a espécie, nível de infestação, momento para intervenção e o tipo do manejo que será adotado.
A partir destas informações, é possível conhecer as épocas do ano em que mais atingem a safra, e se ocorrem de modo anual ou plurianual.
Deste modo, a forma de restringir sua infestação na área é definir o momento correto, os produtos apropriados e a calibração das máquinas para fazer o controle. Continue a leitura para entender detalhadamente cada tópico.
Momento da interferência e controle preventivo
O momento correto de fazer o controle de plantas daninhas se inicia antes mesmo da sua aparição na lavoura, ou seja, em medidas de prevenção.
O primeiro método para a controle de daninhas é comprar apenas sementes que sejam certificadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no qual no art. 87 da Constituição na Lei no 10.711, de 5 de agosto de 2003, que objetiva garantir a identidade e a qualidade do material de multiplicação e de reprodução vegetal produzido, comercializado e utilizado em todo o território nacional, evitando a disseminação de sementes de daninhas misturadas às outras sementes.
Outro método utilizado para prevenção é a limpeza dos equipamentos e máquinas de uso agrícola na área que possam transportar sementes de daninhas no ambiente.
Ainda, a prevenção pode ser feita através da limpeza de estradas, margens de rios, córregos, canais de irrigação, cercas e terraços, locais que têm potencial para a proliferação de plantas daninhas. Estas medidas são precauções essenciais para se evitar despesas financeiras ao produtor.
Controle erradicante
O próximo passo após a prevenção de plantas que tragam prejuízo econômico, são métodos que eliminem as que emergiram na área de cultivo, como os métodos cultural, físico, químico e molecular.
1. Método cultural
O método cultural consiste em favorecer o crescimento da cultura em detrimento das plantas daninhas através do preparo do solo, utilizando a aração e a gradagem para modificar o ambiente a fim de evitar infestação, ou ainda, realizar a dessecação com o uso herbicidas antes da semeadura, em plantio direto, associada à cobertura vegetal do solo.
Na etapa de semeadura, o espaçamento entrelinhas e distribuição de plantas traz vantagens na cobertura antecipada do solo e ganho de rendimento, tornando o ambiente dificilmente propício a emergir daninhas nas condições de arranjo de plantas.
O método cultural ainda visa cultivar de modo adequado, respeitando as condições de solo, clima da região e adubação na linha de semeadura.
2. Método físico
O método físico de controle tem no seu histórico inicial o fogo e arranquio, seguido da capina utilizando a enxada, acompanhada da ceifa, corte, roçada e arrancadores, com o propósito de diminuir a produção de sementes, no entanto causando mão de obra demasiada, com baixo rendimento, alto custo e possibilidade da rebrota.
As capinadeiras, o arado e a grade em conjunto caracterizaram a etapa mecânica, mais ágil, mas não tão eficaz.
A inundação da área também é um método de controle, utilizado mais comumente na cultura do arroz, em que ocorre a regulagem da lâmina de água até as daninhas ficarem submersas.
Outros métodos como dragagem, eletricidade, radiações, vapor e água quente também fazem parte da classificação, mas são pouco empregados.
3. Método químico
O controle químico consiste na aplicação de um ou mais herbicidas, com diferentes mecanismos de ação, podendo ser aplicados antes ou depois da emergências das plantas daninhas e também da espécie cultivada.
4. Método molecular
O controle molecular é o método mais atual, com linhas de pesquisa baseadas em transgênicos, resistentes a herbicidas e controle de plantas parasitas, através do silenciamento genético, como o anti-degrane da daninha arroz vermelho (Oryza sativa L.), por exemplo.
Em resumo, a razão de fazer o controle de plantas daninhas é de mitigar prejuízos na safra e maior mão de obra. Deste modo, a prevenção de daninhas é uma prioridade para cultivo e, em vista disso, outros métodos vão sendo adaptados conforme necessários para aumentar a produtividade agrícola.
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