Ao competirem com a soja por luz, água e nutrientes, às plantas daninhas podem causar prejuízos no rendimento de grãos da cultura.
Além dos prejuízos no rendimento, as plantas daninhas na lavoura de soja podem dificultar a colheita, aumentar as impurezas, reduzir a qualidade dos grãos e servir de hospedeiras para pragas e doenças.
Conheça as principais características das plantas daninhas que causam transtornos nas lavouras de soja do Brasil:
1. Capim-amargoso (Digitaria insularis)
Planta perene da família das gramíneas (folhas estreitas), com grande potencial de reprodução, ocorre nas regiões norte, sul, sudeste e centroeste.
Sua reprodução ocorre através de sementes e via rizomas formando touceiras, após a sua perenização floresce durante o ano todo.
Consequentemente, é uma planta com manejo complexo, sendo o grande desafio dos produtores a eliminação das plantas adultas que já encontram-se entouceiradas.
Associado a grandes prejuízos nas lavouras de soja, o capim-amargoso já apresenta casos de resistência ao glifosato e aos herbicidas do grupo ACCase registrados no Brasil, fato que causa grande apreensão entre os produtores.
Perdas de produtividade de 20% na cultura da soja estão associadas à presença de apenas 1 planta adulta de capim-amargoso por m².
2. Buva (Conyza bonariensis, Conyza canadensis e Conyza sumatrensis)
Planta anual da família Asteraceae (folhas largas), se reproduz via sementes, possuindo tamanho muito pequeno e facilmente dispersas pelo vento.
Cada planta de buva pode produzir 350 mil sementes até o final do seu ciclo. Além da fácil dispersão e da grande quantidade de propágulos, as sementes da buva possuem capacidade de permanecerem viáveis por um longo período de tempo.
É uma planta que germina no período da entressafra, principalmente em solos expostos, em pousio ou com pouca cobertura.
Ocorre em todas as regiões produtoras de soja do Brasil, no entanto, representa um dos principais problemas com plantas daninhas na lavoura de soja na região sul do país, apresentando falhas de controle com o herbicida glifosato.
Confira nossas dicas!
> Como evitar a resistência de plantas daninhas?
> Como os herbicidas funcionam?
3. Caruru (Amaranthus sp)
Gênero de plantas pertencentes à família Amaranthaceae (folhas largas), até pouco tempo atrás era considerada uma planta invasora secundária nas lavouras de soja, pois era facilmente controlada por diversos herbicidas.
Atualmente, o gênero tem demonstrado maior dificuldade de controle devido a sua resistência a alguns herbicidas, como os ALS e o glifosato.
Várias espécies de Caruru têm causado problemas nas lavouras de soja, porém as mais preocupantes são Amaranthus hybridus e Amaranthus palmeri (espécie exótica, que consegue realizar cruzamentos com outras espécies de Amaranthus).
O Caruru possui um grande potencial competitivo, sendo considerada uma planta daninha extremamente agressiva. O dano causado por este gênero de plantas daninhas nas lavouras de soja pode alcançar 90%.
São plantas com alta capacidade de produção de sementes, cerca de 200 mil a 400 mil sementes por planta.
Além disso, as sementes são produzidas em fluxo contínuo, ou seja, a planta inicia a produção de sementes e vai liberando elas gradualmente no ambiente por um período de tempo (janeiro a julho), fator que exige atenção no seu manejo.
4. Leiteiro ou Amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla)
Planta anual que pertence à família Euphorbiaceae (folhas largas). Amplamente distribuídas pelas regiões produtoras de soja no Brasil.
Seu grande potencial de competição está relacionado à longa viabilidade das sementes, o alto potencial de germinação em maiores profundidades de solo e ao seu rápido crescimento vegetativo.
Na década de 1990 já haviam relatos de plantas de Leiteiro com resistência aos herbicidas da classe dos inibidores da acetolactato sintase (ALS). Além disso, atualmente, casos de Leiteiro com resistência ao glifosato já foram registrados no Brasil.
5. Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica)
Gramínea (folhas estreitas), anual ou perene. No Brasil é comumente encontrada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Apresenta grande capacidade de estabilização nas lavouras pela sua grande produção de sementes, cada planta pode produzir cerca de 40 mil propágulos que são muito pequenos e facilmente dispersos pelo vento. A formação de touceiras torna seu controle complicado.
No Brasil, já foram registrados casos de Capim-pé-de-galinha com resistência ao glifosato e aos inibidores da ACCase. Inclusive, há um registro no ano de 2017, de plantas com resistência múltipla aos 2 mecanismos de ação concomitantemente.
Importante!
A melhor forma de driblar as plantas daninhas na lavoura de soja é realizar o controle correto, como já mencionamos anteriormente.
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