A agricultura de precisão é uma estratégia de gestão que utiliza informações de diversas fontes, fornecendo subsídios para a tomada de decisão.
Como qualquer atividade econômica, a agricultura busca a maximização de seus resultados. Porém, na prática há uma série de variáveis estão fora do controle do produtor, que necessita de ferramentas estratégicas confiáveis para auxiliar a gestão dos recursos.
As tecnologias de informação são um instrumento importante para a agricultura, com potencial de uso em grandes e pequenas propriedades.
Seu objetivo abrange o planejamento das operações e a otimização dos recursos e insumos, gerando aumentos de produtividade, redução dos custos de produção e dos impactos ambientais.
Como as tecnologias no manejo fitossanitário podem ajudar?
Mesmo em uma época tão conectada à era digital e com tantos recursos disponíveis, grande parte da agricultura brasileira ainda não utiliza tecnologias no manejo fitossanitário e os recursos para gestão estão defasados.
A adoção e a integração de tecnologias podem representar uma mudança significativa, não apenas otimizando a eficiência do processo, mas também fortalecendo a sustentabilidade e a competitividade do setor.
É hora de explorar o vasto leque de soluções tecnológicas disponíveis e abraçar a inovação para impulsionar nossa agricultura rumo a um futuro mais produtivo e sustentável.
1. Aplicação Calendarizada
A aplicação calendarizada de defensivos agrícolas é uma prática dentro das tecnologias no manejo fitossanitário muito presente nas lavouras do país. Este método de manejo fitossanitário pode parecer simples e seguro, porém, seus resultados são inferiores quando comparados ao uso de estratégias baseadas em tecnologia de informação e inteligência de dados.
Inclusive, a aplicação calendarizada pode se tornar uma dor de cabeça ao produtor, pois pode representar aumento de custos de produção, seja pelas aplicações em excesso ou realizadas no momento inadequado, como pelo aumento da mão de obra para as operações.
Além disso, o uso irracional dos defensivos agrícolas traz prejuízos ambientais e pode contribuir para a seleção de pragas e patógenos resistentes, diminuindo a eficiência de controle dos defensivos.
2. Controle químico de pragas
O controle químico de pragas e doenças é um grande aliado na agricultura, mas, a sua utilização não substitui outras estratégias de manejo e boas práticas agronômicas, como o controle cultural, biológico e genético.
Para aplicação de produtos químicos, muitas variáveis devem ser avaliadas concomitantemente, levando em consideração a biologia da praga ou doença, o estádio fenológico da cultura, a cultivar, o clima, e a eficiência do produto para cada condição.
3. Doenças agrícolas
Algumas doenças, como a ferrugem asiática da soja, possuem uma dinâmica muito intensa no campo, necessitando de controle preventivo, no entanto, a aplicação preventiva deve ser empregada com base em sistemas confiáveis de previsão.
Neste contexto, usar a agricultura digital como um recurso das tecnologias no manejo fitossanitário, é um investimento que permite compreender melhor o que está acontecendo no campo para, desta forma, gerar informações confiáveis para uma tomada de decisão adequada tanto do ponto de vista econômico, produtivo, como ambiental.